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http://jbb.ibict.br//handle/1/678
Título: | Diversidade e fenologia de lagartas folívoras em Roupala montana (Proteaceae) no Cerrado do Brasil Central |
Autor(es): | Oliveira, L.B. de |
Data de publicação: | 16-Fev-2011 |
Abstract: | O presente trabalho apresenta um quadro geral das comunidades de lagartas, folívoras externas, que ocorrem em Roupala montana Aubl. (Proteaceae) em duas escalas: local e regional. O projeto, na escala local (Capítulo 1), foi desenvolvido em uma área de cerrado de altitude no Parque Estadual da Serra dos Pireneus (PESP), Pirenópolis, Goiás, de maio de 2008 a abril de 2009. Foram vistoriados mensalmente 100 indivíduos de R. montana (total=1.200), com anotações tanto das características fenológicas da planta quanto de todas as lagartas encontradas que foram criadas no laboratório. Foram encontradas 805 lagartas de 35 espécies em 22% das plantas vistoriadas. A espécie mais abundante corresponde a um gênero novo de Elachistidae, com 55% (442 indivíduos) do total de indivíduos coletados e 50% das ocorrências. Do total das espécies amostradas, 78% ocorreram em baixa densidade, sendo que, 43% corresponderam a espécies representadas por um único indivíduo (singletons) (15 espécies) e 37% foram raras (13 espécies representadas por 2 a 10 indivíduos no ano). Seis espécies que são consideradas, no cerrado de Brasília, como lagartas de dieta restrita a R. montana, foram as mais abundantes no PESP: gênero novo de Elachistidae, Eomichla sp. (Oecophoridae), Idalus lineosus (Walker, 1869) (Arctiidae), Stenoma cathosiota (Meyrick, 1925), Clamydastis platyspora (Meyrick, 1922) e Cerconota sciaphilina (Zeller, 1877) (Elachistidae). As folhas maduras foram significativamente mais consumidas pelas lagartas do que as novas ou senescentes. Resultados deste trabalho reforçaram os padrões encontrados para comunidades de lagartas no cerrado como: poucas espécies abundantes (provavelmente de dieta restrita), muitas espécies raras, variação temporal na freqüência, composição e abundância de espécies e pico de frequência nas plantas em maio (início da estação seca). Contudo, a grande contribuição desse projeto é a indicação de que a especificidade de dieta em R. montana de, pelo menos, seis espécies de lagartas não é uma característica local (Cerrado de Brasília) e, ainda, que as suas abundâncias variam enormemente entre áreas distantes do Cerrado. Na escala regional (Capítulo 2) o projeto foi desenvolvido em cinco áreas do cerrado do Brasil Central (PESP: Parque Estadual Serra dos Pireneus - GO; PNCV: Parque Nacional Chapada dos Veadeiros - GO; FAL: Fazenda Água Limpa; PNB: Parque Nacional de Brasília; JBB: Jardim Botânico de Brasília – DF). Foram vistoriadas 1.000 plantas de R. montana em cada área, no período de maio e junho de 2009. Todas as lagartas encontradas foram coletadas e criadas em laboratório, os adultos montados a seco e identificados. Foram encontradas 1.187 lagartas de 55 espécies de 15 famílias, em 13,26% das plantas. Oitenta e cinco por cento das espécies encontradas nas cinco áreas ocorreram em baixa densidade, destas 55% foram representadas por somente um indivíduo (‘singletons’). A maioria das espécies (73%) foi considerada exclusiva e. apenas quatro das espécies (7%) ocorreram em todas as localidades: 1) a mariposa do gênero novo de Elachistidae: 2) a mariposa Stenoma cathosiota (Meyrick, 1925), Elachistidae; 3) a mariposa Idalus lineosus (Walker, 1869) Arctiidae e 4) a borboleta Symmachia hippodice (Godman, 1903) Riodinidae, sendo todas elas consideradas de dieta restrita a R. montana. A abundância, riqueza de espécies e a frequência de plantas com lagartas variaram significativamente entre as áreas. A associação das áreas com faunas mais similares foram a FAL/JBB para os índices de similaridade de Sørensen e Bray-Curtis. O teste de Mantel não foi significativo para a relação entre a similaridade da fauna (Bray-Curtis) e a distância geográfica ou com as diferenças de altitude entre as áreas. Entretanto, os resultados do presente trabalho demonstraram uma tendência à uma relação negativa entre a similaridade e a distância geográficas entre as áreas. |
URI: | http://jbb.ibict.br//handle/1/678 |
Aparece nas coleções: | 2.5.3 TCCs, Dissertações e Teses |
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