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Título: Na cartilha de Romana e Euzébio: as escolhas da comunidade rural Peraputanga
Autor(es): Silva, A.C.P. da
Data de publicação: 17-Dez-2013
Citação: SILVA, Augusto César Pereira da. Na cartilha de Romana e Euzébio: as escolhas da comunidade rural Peraputanga. 2013. 110 f. Dissertação (Mestrado em Estudos de Cultura Contemporânea) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Linguagens, Cuiabá, 2013.
Abstract: O texto que segue trata-se de um estudo sobre a agricultura familiar tradicional do Brasil e as alterações sofridas no sistema sociocultural do campo em anos recentes. Buscou-se retratar as mudanças ou transformações pelas quais vem passando a comunidade Peraputanga, no município de Diamantino, Mato Grosso que foi tomada para pesquisa devido a persistências de características do seu modo de vida tradicional, até os dias de hoje. A comunidade cria gado, coleta frutos e planta à maneira caipira, em pequenas roças de derrubadas e, ainda, tem frequentemente recusado as propostas de integração ao agronegócio que circunda seu território, ao mesmo tempo em que busca técnicas que julgam ser de menor impacto ambiental. As duas formas de uso da terra – práticas relacionadas ao agronegócio, que geralmente adotam tecnologias de alto impacto ambiental, e técnicas ligadas à agricultura familiar – possuem lógicas diferentes; os usos da área rural, os meios para a produção agrícola e as relações sociais se diferenciam nas formas referidas. O estudo se deu entre os anos de 2011 e 2013 em visitas à comunidade, através de entrevistas estruturadas e semiestruturais - que foram gravadas e, posteriormente, transcritas. Concomitantemente à gravação das entrevistas, ouviu-se e registrou-se as histórias de vida dos moradores. A história oral foi o fio condutor da pesquisa que tomou por apoio teórico pensadores da contemporaneidade, a partir do encontro de epistemes totalizantes e culturas locais, da dicotomia entre ruralidade e urbanidade e do entendimento de cultura como processo negociável por seus agentes. Num primeiro momento, é apresentado um olhar sobre a contemporaneidade, sobre a pesquisa em si e seus objetivos de descrever a comunidade Peraputanga, analisando as mudanças sofridas pelo grupo de moradores. Em seguida, é descrita a metodologia e as referências teóricas que lhe dão lastro. Na forma de vida caipira, produzia-se quase todo o necessário para a sobrevivência das pessoas e os hábitos sociais davam coesão ao grupo para propiciar alimento, moradia e o conforto mínimo necessário. As novas gerações têm a necessidade de sair da localidade para estudar, os jovens interrompem o ciclo de reprodução do que Candido (1979) chamou de cultura caipira e passam a fazer parte de dois mundos que operam de maneiras diferentes. Eles tendem a sair do envolvimento familiar para fazer parte do processo de desenvolvimento. No seio da comunidade há iniciativas que buscam manter os laços sociais e, se possível, as técnicas de produção agrícola.
URI: http://jbb.ibict.br//handle/1/860
Aparece nas coleções:5.3.3 TCCs, Dissertações e Teses

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