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http://jbb.ibict.br//handle/1/869
Título: | Pequi, Jatobá, Algodãozinho...: a biodiversidade do Cerrado na medicina popular |
Título(s) alternativo(s): | Pequi, Jatobá, Algodãozinho...: the biodiversity of the Cerrado en popular medicine |
Autor(es): | Borges, V.C. |
Data de publicação: | 21-Jun-2011 |
Citação: | BORGES, Viviane Custódia. Pequi, Jatobá, Algodãozinho ... : a biodiversidade do Cerrado na medicina popular. 2011. 273 f. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2011. |
Abstract: | O domínio do Cerrado é pressionado pelas várias atividades econômicas. Divide espaço, principalmente, com a pecuária, soja, milho e a cana-de-açúcar, comprometendo sua fauna, flora e a Cultura do Povo Cerradeiro. Paradoxalmente, é um dos biomas mais ricos em biodiversidade. Incentivar/apoiar práticas atentas para essa singularidade aumenta a potencialidade de se amenizar a sua intensa destruição antrópica. Oportuno se faz mencionar que nosso entendimento de biodiversidade engloba o viés cultural. Destarte, a gestão da biodiversidade constitui-se da cultura local, com seus conhecimentos tradicionais e suas formas regionais de relação com os diferentes ecossistemas. Nesse sentido, tem-se a medicina popular com plantas medicinais e remédios caseiros exercida por uma instituição do Terceiro Setor, a Pastoral da Saúde Diocese de Goiás/GO, que trabalha com espécies do Cerrado, mantendo uma tradição. A argumentação que permeia este estudo se dá no sentido de que a medicina popular do Cerrado com plantas medicinais e seus remédios caseiros se fortalece pelo apoio e pela valorização do Terceiro Setor. No empírico que elegemos, a categoria geográfica território é central: temos um território formado no espaço geográfico da Pastoral da Saúde Diocese de Goiás/GO, uma delimitação política a partir da Igreja Católica a Diocese. Território também de resistência com suas farmacinhas populares frente aos grupos farmacêuticos alopáticos. Os fluxos entre os grupos dessa pastoral formam as redes de sociabilidade, permitindo fortalecer e perpetuar as atividades de educação e saúde que envolvem, tanto nas comunidades quanto nas farmacinhas, o saber-fazer dos remédios caseiros. A Pastoral da Saúde Diocese de Goiás/GO abarca uma função social, por meio de um atendimento, em geral, a uma população de baixa renda. Ela possibilita espaços para discussão de políticas públicas para medicina popular e conservação do Cerrado. Recentemente, participou de uma importante obra, a Farmacopeia Popular do Cerrado, editada em 2009, que destaca-se como instrumento político para regulamentação da medicina popular do Cerrado. Essa instituição criou, em sistema de parceria, uma área piloto de Plano de Manejo de plantas medicinais em uma Reserva Legal. Iniciativas como essa, são restritas, para a realidade em questão. Todavia, apesar da sua importante atuação, não possui ajuda financeira de nenhuma instituição governamental e apresenta uma série de dificuldades. Uma fragilidade que clama por políticas públicas voltadas à medicina popular do Cerrado, que sofre uma constante erosão cultural. As poucas ações da Pastoral da Saúde Diocese de Goiás/GO mostraram que suas farmacinhas estão na ilegalidade por incompatibilidade ao cumprimento da legislação em vigor. Não obstante, o fato de se ter atos de valorização para fitoterapia popular, contando como agente, basicamente, o Terceiro Setor, é preocupante. O Estado não deve se eximir de seu papel. Também existe o gargalo financeiro, com o qual essa instituição religiosa tem de conviver, o que não assegura a permanência de suas ações. A realidade de um orçamento escasso, igualmente, faz-se presente em certas ONGs portuguesas com atividades que abrangem a fitoterapia. Mesmo assim, elas contribuem para a reprodução da tradição do uso das plantas medicinais lusitanas. |
URI: | http://jbb.ibict.br//handle/1/869 |
Aparece nas coleções: | 5.4.3 TCCs, Dissertações e Teses |
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