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Título: Avá-Canoeiro, a resistência dos bravos no Cerrado do norte goiano: do lugar ao território
Título(s) alternativo(s): Ava-Canoeiro, the resistance of brave people in the Cerrado savannah in the north of Goias: the place turned into a territory
Autor(es): Silva, L. G. da
Data de publicação: 17-Abr-2010
Citação: SILVA, Lorranne Gomes da. Ava-Canoeiro, the resistnece of brave people in the Cerrado savannah in the north of Goias: the place turned into a territory. 2010. 149 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2010.
Abstract: Os Avá-Canoeiro, como a maioria dos povos indígenas do Brasil, têm sua história marcada por massacres e uma quase extinção da etnia. Atualmente, existem apenas duas famílias: uma em Goiás (06 pessoas) e uma em Tocantins (08 pessoas). Para este estudo, foi escolhida a família que vive na Terra Indígena Avá-Canoeiro em Goiás localizada nos municípios de Minaçu e Colinas do Sul, no norte goiano. Esta pesquisa objetivou compreender o lugar de vivência dos Avá-Canoeiro, analisar as disputas que incidem em seu território e mostrar a importância dessa família para o Cerrado do norte goiano. O lugar indígena, juntamente com seus componentes, revelou que elementos da cultura desse povo estão a se reconfigurar, e outras muitas manifestações desapareceram. O território indígena é o grande elemento das disputas e dos conflitos, sobretudo em virtude de divergências entre a Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa, operada por Furnas Centrais Elétricas, e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), que é o órgão que administra os direitos dos índios. A hidrelétrica é contígua à Terra Indígena Avá-Canoeiro. De acordo com dados de Furnas, por meio de um convênio celebrado com a FUNAI, a hidrelétrica creditou mensalmente até o ano de 2002 o equivalente a 2% do valor a ser distribuído a título de royalties aos municípios inundados pelo reservatório da hidrelétrica. Os recursos pagos pela área indígena inundada foram administrados pela FUNAI, com a interveniência do Ministério Público Federal, até que a comunidade indígena estivesse em condições de administrá-los diretamente. Com o fim do pagamento dos royalties, só resta o PACTO (Programa Avá-Canoeiro), financiado por Furnas e que ainda oferece subsídios a essa família. Além dos impactos sobre a área inundada, parte da Terra Indígena foi cortada por estradas, linhas de alta tensão e outras obras de Furnas, decorrentes da implementação da hidrelétrica Serra da Mesa e Cana-Brava. A redução da família Avá-Canoeiro provocou modificações profundas no seu modo de vida, como a organização do trabalho, as regras de matrimônio e parentesco, as lideranças, os rituais, entre outras. E as disputas que marcam a história desse povo trouxeram como conseqüências, além da redução da população, intensas lutas pela sobrevivência. Diante disso, quais são as ações socioculturais dos Avá-Canoeiro na construção do lugar imerso nas disputas de seu território? Qual a importância dessa família para o Cerrado do norte goiano? Essa investigação teve como procedimento metodológico a observação participante com o objetivo de unir os dados observados aos esclarecimentos promovidos pelo processo interativo entre pesquisador-pesquisado.
URI: http://jbb.ibict.br//handle/1/853
Aparece nas coleções:5.3.3 TCCs, Dissertações e Teses

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